Este indicador havia registado uma quebra em agosto e em setembro, depois de um pico de +17% em julho, o valor mais elevado até ao momento em 2022 e “excecionalmente alto para o mês de julho”, de acordo com o gabinete de estatísticas da União Europeia.

“O excesso de mortalidade em outubro de 2022 foi +10% do número médio de mortes no mesmo período em 2016-2019 e é +0,5% em comparação com setembro de 2022”, refere o organismo na informação hoje divulgada.

A taxa de mortalidade excessiva foi de +17% em outubro de 2020 (66.000 mortes em excesso) e de +18% em outubro de 2021 (69.000 mortes em excesso).

O excesso de mortalidade refere-se ao número de mortes por todas as causas medido durante uma crise, acima do que poderia ser observado em condições 'normais'.

Todos os Estados-Membros registaram taxas positivas, exceto a Roménia (-7%) e a Bulgária (-2%).

“Embora um aumento substancial no excesso de mortalidade coincida amplamente com o surto de covid-19, esse indicador não discrimina as causas de morte e não identifica diferenças entre sexo ou idade”, especificou o Eurostat.

As taxas mais elevadas em outubro deste ano foram registadas na Alemanha (+23%), Malta e Holanda (ambos com +19%). A seguir à Roménia e à Bulgária, as taxas mais baixas foram apuradas na Suécia (+1%), Eslováquia (+2%), Itália (+3%), Croácia e Hungria (ambas +4%).

O Eurostat recordou que a UE registou grandes picos de excesso de mortes em abril de 2020 (+25%), novembro de 2020 (+40%), abril de 2021 (+21%) e novembro de 2021 (+27%).

Em Portugal, foram hoje divulgadas as estatísticas vitais da população pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que assinalou uma diminuição do número de mortes em novembro (-2,5%), face ao mesmo mês do ano passado.

No mês passado, o INE registou 10.150 óbitos, mais 632 do que em outubro, mas menos 255 do que em novembro de 2021.