Até agora essa resposta era dada por unidades privadas porque o CHULC “não tem capacidade de fazer muitas cintigrafias e renogramas”, exames médicos na área da Medicina Nuclear, afirmou à Lusa a presidente do centro hospitalar, Rosa Valente de Matos.
“Se temos na área pública o Hospital das Forças Armadas, que tem essa capacidade instalada, devemos utilizá-la”, adiantou a presidente do CHULC, que engloba os hospitais São José, Curry Cabral, Dona Estefânia, Santa Marta, Santo António dos Capuchos e a Maternidade Dr. Alfredo da Costa.
Esta medida, explicou, permite reduzir o desperdício, reorganizar os serviços e internalizar o investimento público.
Segundo Rosa Valente de Matos, o acordo hoje assinado em Lisboa, no âmbito de um protocolo já assinado entre os Ministérios da Saúde e da Defesa, vai permitir realizar cerca de 2.700 exames por ano.
“Até ao final do ano nós temos contratualizados cerca de 300 exames”, avançou, referindo que anualmente são realizados cerca de 2.700 exames na área da Medicina Nuclear, sobretudo cintigrafias.
O objetivo, salientou Rosa Valente Matos, é “assumir a responsabilidade na concretização de uma política mais global de saúde”, fazendo “uma gestão eficiente e criteriosa” dos recursos disponíveis ao nível dos dois ministérios.
“O que estamos a fazer é utilizar a capacidade pública e é esse o caminho que devemos fazer. São dois ministérios que trabalham em comunhão de esforços para servir melhor a população e prestar melhores cuidados de saúde numa estreita colaboração”, sustentou.
O acesso dos utentes aos meios complementares de diagnóstico e terapêutica prestados pelo Hospital das Forças Armadas (HFAR) é permitido por iniciativa dos médicos que prestam serviço no CHULC, devendo a respetiva requisição cumprir integralmente as normas legalmente previstas.
Após apresentação da requisição, os exames devem ser realizados pelo Hospital das Forças Armadas respeitando os tempos máximos de resposta garantidos, segundo o acordo hoje assinado.
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