O trabalho, publicado na revista Proceedings da Academia Nacional de Ciências, ainda está nos seus estádios iniciais, mas abre vastas possibilidades nesse sentido, escrevem os autores do estudo.
"Vemos este método como um avanço de enorme potencial, mas ainda vai demorar algum tempo para ser realizado", comenta o coautor da investigação Yuval Dor, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém.
"Estamos a trabalhar intensamente para isso, mas a sua aplicação clínica ainda é uma realidade distante", explicou o cientista por e-mail à agência de notícias France Presse.
Até agora, o método foi testado em 320 pacientes com sucesso. Detetou cancro pancreático, diabetes, lesão cerebral traumática e esclerose múltipla.
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De acordo com os investigadores, quando as células morrem podem significar que uma doença está a afirmar-se no corpo, como um tumor em formação ou uma doença autoimune ou neurodegenerativa.
Os cientistas sabem há algum tempo que as células que morrem libertam fragmentos no ADN. O novo método baseia-se na identificação da modificação química, a partir da metilação do ADN. "O nosso trabalho prova que as origens de tecidos de ADN circulante podem ser medidos em humanos", disse a co-autora Ruth Semer da Universidade Hebraica.
"Isto representa um novo método para deteção de morte celular em tecidos específicos e uma abordagem interessante para a medicina de diagnóstico", afirma a investigadora.
E ainda não é claro quanto poderá custar o teste se vier a ser melhorado e comercializado.
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