As descobertas, publicadas na revista científica Neurology, são as mais recentes a revelar uma associação entre demência e inflamação, na qual as células imunitárias do corpo se tornam mais ativas em resposta a danos causados pelo tabagismo, stress, doença ou dieta pobre em nutrientes. No entanto, o estudo não provou nenhuma relação de causa e efeito.
"Esses resultados sugerem que a inflamação na meia idade pode contribuir para alterações cerebrais associadas à doença de Alzheimer e a outras formas de demência", disse o autor do estudo Keenan Walker, da Universidade Johns Hopkins.
"Uma vez que os processos que levam à perda de células cerebrais têm início décadas antes das pessoas começarem a mostrar sintomas, é vital descobrirmos como esses processos que ocorrem na meia idade afetam as pessoas muitos anos depois".
O estudo baseou-se em dados de 1.633 pessoas com uma média de idades de 53 anos.
Os investigadores testaram o sangue dos voluntários para determinar os níveis de cinco marcadores de inflamação, incluindo a contagem de glóbulos brancos.
Em média, 24 anos depois, os participantes fizeram testes de memória e passaram por exames cerebrais.
Aqueles que apresentaram níveis mais altos de inflamação na meia idade em três ou mais biomarcadores tiveram um volume cerebral em média 5% menor no hipocampo e em outras áreas associadas à Doença de Alzheimer, frisa o estudo.
As pessoas com maior inflamação tiveram piores performances em testes de memória.
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