Os cidadãos estrangeiros “alegadamente sujeitos a tratamento médico em dois centros hospitalares de Lisboa” pagaram por cada atestado uma quantia que varia entre 250 e 300 euros, revelou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, escreve a edição online de hoje do jornal Público.

O principal responsável pelo esquema fraudulento é um cidadão nacional natural de um país africano, que foi entretanto constituído arguido.

As situações remontam a 2014 e eram utilizadas "matrizes falsas” de dois centros hospitalares da Grande Lisboa.

O SEF apreendeu na quarta-feira documentos, telemóveis, meios informáticos e outros materiais utilizados na falsificação dos atestados médicos. A investigação decorre sob a alçada do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.

O esquema decorria com base na Lei de Estrangeiros, que permite a obtenção de autorização de residência temporária com dispensa de visto por motivos de saúde.

Já em 2013, um médico de um hospital de Lisboa foi constituído arguido pelo SEF, por se suspeitar que teria passado dezenas de atestados médicos falsos a imigrantes, para conseguiram evitar a expulsão de Portugal.