Uma equipa de virologistas encontrou o gene raro MRC-1, que causa essa resistência, em uma variedade da bactéria E. coli instalada num paciente em Nova Iorque, de acordo com uma publicação do periódico Agentes Antimicrobianos e Quimioterapia.
"Estamos muito perto de ver o surgimento de enterobactérias que serão impossíveis de tratar com antibióticos", alertou o cientista Lance Price, da Universidade George Washington, citado pela agência de notícias France Presse.
O primeiro caso de infeção com a E. coli portadora do gene MRC-1 nos Estados Unidos ocorreu em maio, numa paciente de 49 anos, internada na Pensilvânia com uma infeção urinária persistente. Entretanto, esta doente já está recuperada.
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O gene MRC-1 é especialmente temido porque torna as bactérias resistentes à colistina, um antibiótico de 1959 utilizado como último recurso nos casos de polirresistência.
O MCR-1, que se encontra sobre um pequeno fragmento do ADN microbiano, tem a capacidade de passar de uma bactéria para outra através de diversas espécies, podendo potencialmente espalhar essa resistência a outros organismos.
Os cientistas têm controlado os movimentos desse gene em todo o mundo desde que foi descoberto em humanos, aves e suínos na China em 2015.
No mês passado, os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos anunciaram a criação de uma rede de laboratórios dedicada ao tratamento das superbactérias resistentes a antibióticos que deverá começar a operar ainda este ano.
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