A crítica de Joaquim Pinto Moreira refere-se à comunicação pelo Ministério da Saúde, feita na terça-feira, de que o concurso público para a Face C da requalificação do Centro Hospital de Vila Nova de Gaia e Espinho será lançado no segundo semestre de 2020, envolvendo uma intervenção na ordem dos 60 milhões de euros.

Pinto Moreira atribui essa calendarização a motivos eleitorais, em primeiro lugar porque, na prática, a referida Fase C dos trabalhos "não arrancará antes do final de 2023" e, em segundo, porque o Ministério está a comunicar "uma obra que já tinha sido prometida e anunciada pelo Governo anterior" e o faz "sem ter ainda concluído a Fase B, que se arrasta sem fim à vista".

O presidente da Câmara Municipal de Espinho diz que essa postura é "inaceitável e da mais chocante demagogia" porque "o que existe neste momento da Fase B é um edifício vazio sem equipamentos, sem utilização e sem os serviços de Urgência e Imagiologia que já deviam estar a funcionar há um ano para benefício dos 700 mil utentes a sul do Douro que diariamente acorrem àquela unidade hospitalar".

Para Pinto Moreira, o plano integrado de reabilitação Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho é assim "mais um exemplo de promessas deste e do anterior Governo que se arrastam e se calendarizam de acordo com os ciclos eleitorais, num profundo desprezo pelos utentes ".