No triénio 2018-2020, a esperança de vida à nascença para Portugal foi estimada em 78,07 anos para os homens e em 83,67 anos para as mulheres, o que significa um aumento de 1,90 e de 1,48 anos, respetivamente, em relação aos valores estimados para 2008-2010.

“A esperança de vida à nascença continua a ser superior para as mulheres, mas a diferença para os homens tem vindo a diminuir, sendo agora de 5,60 anos (6,02 em 2008-2010)”, refere o INE na publicação “Tábuas de Mortalidade em Portugal – Desagregação regional (2018-2020)”.

Nos últimos 10 anos registaram-se melhorias na esperança de vida à nascença em todas as regiões. Contudo, os maiores aumentos ocorreram nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores com ganhos de longevidade superiores a dois anos.

Segundo os dados, a esperança de vida à nascença em Portugal foi estimada em 78,07 anos para os homens e de 83,67 anos para as mulheres, no triénio analisado.

As maiores diferenças de longevidade entre homens e mulheres registaram-se na Madeira e nos Açores, onde as mulheres podem esperar viver em média, respetivamente, mais 6,89 e 6,82 anos do que os homens.

Na Área Metropolitana de Lisboa (AML) e na região Norte observaram-se as menores diferenças de longevidade entre sexos (5,41 e 5,44 anos, respetivamente).

Os valores mais elevados de esperança de vida aos 65 anos observaram-se na AML para o total da população, homens e mulheres (19,97 anos, 18,05 anos e 21,54 anos, respetivamente).

Contudo, foi nos Açores que se verificou o maior aumento deste indicador na última década para o total da população e para mulheres: de 16,18 para 17,63 anos e de 17,71 para 19,24 anos, respetivamente.

O maior aumento da esperança de vida aos 65 anos para os homens ocorreu no Alentejo: de 16,33 anos para 17,68 anos.

As maiores diferenças de longevidade aos 65 anos entre homens e mulheres, em 2018-2020, registaram-se na Madeira e no Algarve, onde as mulheres podem esperar viver em média, respetivamente, mais 4,38 anos e mais 3,77 anos do que os homens, enquanto no Alentejo verificou-se a menor diferença entre sexos (3,17 anos).

As estimativas relativas à esperança de vida à nascença mostram que em nove das 25 regiões NUTS III foi superado o valor nacional (81,06 anos) no triénio 2018-2020.

No entanto, em 11 regiões (Cávado, Região de Coimbra, Região de Leiria, Ave, Viseu Dão-Lafões, Área Metropolitana do Porto, Região de Aveiro, Médio Tejo, AML, Terras de Trás-os-Montes e Alto Minho) verificaram-se valores da esperança de vida à nascença acima de 81 anos.

As menores esperanças de vida à nascença verificaram-se nas Regiões Autónomas e no Baixo Alentejo, onde a expectativa de vida não atingiu 79 anos.

Nos últimos 10 anos, todas as regiões NUTS III registaram ganhos de longevidade à nascença, verificando-se o maior acréscimo na Beira Baixa (2,57 anos) e o menor na região Terras de Trás-os-Montes (0,95 anos).

Os resultados relativos ao triénio 2018-2020 mostram que 17 regiões NUTS III superaram o valor nacional (19,69 anos).

Destas, nove regiões NUTS III apresentaram valores acima de 20 anos: Região de Coimbra (20,39 anos), Terras de Trás-os-Montes (20,28 anos), Alto Tâmega (20,25 anos), Viseu Dão Lafões (20,23 anos), Região de Leiria (20,22 anos), Cávado (20,20 anos), Beiras e Serra da Estrela (20,10 anos), Alto Minho (20,06 anos) e Alentejo litoral (20,02 anos).

Os valores mais reduzidos, abaixo de 19 anos, verificaram-se nos Açores (17,63 anos), Madeira (17,72 anos) e no Baixo Alentejo (18,47).

“Entre 2008-2010 e 2018-2020 todas as regiões NUTS III registaram ganhos de longevidade aos 65 anos, tendo o maior acréscimo ocorrido no Alentejo Litoral (1,73 anos) e o menor no Algarve (0,79 anos)”, segundo os dados.