22 de julho de 2013 - 11h27
 Um programa de saúde para melhorar a adaptação à reforma é o mais recente projeto de investigação da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), foi hoje anunciado.
A ideia é “identificar as dificuldades sentidas pelos indivíduos e famílias durante o processo de adaptação à reforma, capacitando-os para melhor darem resposta às situações de vulnerabilidade, e construir um programa de intervenção em saúde para esta população”, dizem os promotores.
O Projeto “REforma ATIVA: estudo de um programa promotor de um envelhecimento saudável” obteve financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Os promotores da iniciativa dizem que o projeto, proposto pela ESEnfC e pela sua Unidade de Investigação em Ciências da Saúde - Enfermagem (UICISA-E), terá implementado a referida intervenção no contexto dos cuidados de saúde primários dentro de dois anos.
O resumo do projeto, hoje divulgado pela ESEnfC, explica que o que se pretende é “preservar o mais elevado nível de saúde biopsicossocial em indivíduos e famílias que se encontram numa fase do ciclo vital da meia-idade e que vivenciam um processo de adaptação à reforma, com vista a promover um envelhecimento ativo”.
A ESEnfC explica também que o “primeiro ano de duração do projeto está reservado à construção do protótipo do programa, que resultará, entre outras tarefas, do contributo decorrente da realização das cerca de 400 entrevistas que estão previstas efetuar a indivíduos e famílias que experienciam a recente vivência desta transição e que residem na região centro do país”.
“O segundo ano destina-se ao ensaio e consolidação deste protótipo, do qual resultará o REATIVA (REforma ATIVA)”, explica a escola.
De acordo com a equipa de investigadores do projeto, coordenado pela professora da ESEnfC Helena Loureiro, pretende-se ainda que os ”resultados deste programa venham a ser implementados nos contextos laborais (por exemplo, na sensibilização para a preparação para a reforma), nos contextos pedagógicos (inclusão desta temática nos curricula dos cursos graduados e pós-graduados), nos contextos de saúde (contributos que orientarão a Direção Geral das Saúde na construção de um plano de promoção da saúde dirigido a indivíduos e famílias na meia-idade) e noutros contextos, de que poderão ser exemplo as instituições da rede social que venham a usufruir deste conhecimento, os sindicatos ou associações de trabalhadores aposentados”.
Neste projeto colaboram a Administração Regional de Saúde do Centro, IP, e o Grupo de Estudos em Enfermagem e Família da Universidade de São Paulo, Brasil.
Além da professora Helena Loureiro, integram a equipa multidisciplinar de investigadores deste projeto, provenientes de áreas como a Psicologia, a Sociologia, a Medicina e a Enfermagem, os seguintes especialistas: Aida Cruz Mendes, Ana Paula Camarneiro, Margarida Alexandra Silva, Rogério Rodrigues (todos da ESEnfC) e Ana Alexandre Fernandes (Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa).
António Manuel Godinho Fonseca (Universidade Católica/Porto), Manuel Teixeira Veríssimo (Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra), Madalena Carvalho (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra) e ainda a consultora Margareth Angelo (Universidade de São Paulo) são os restantes membros da equipa.
Lusa