14 de novembro de 2013 - 14h20

Cerca de duas dezenas de enfermeiros e sindicalistas concentraram-se hoje em frente ao edifício da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, protestando contra a precariedade laboral e exigindo "estabilidade contratual".

No protesto, organizado pela direção regional da Beira Alta do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) participaram vários enfermeiros que estavam com vínculo precário na ULS da Guarda e foram despedidos no dia 31 de outubro.

Honorato Robalo, dirigente do SEP, disse à agência Lusa que a luta é "justa e reivindicativa".

"Todos os colegas que estão aqui têm que ter contrato de trabalho permanente, bem como todos os enfermeiros que estão a recibos verdes", declarou.

O responsável contou que a ULS terminou, no final de outubro, o contrato com dez enfermeiros que prestavam serviço no Hospital Sousa Martins da Guarda e em extensões de saúde do distrito da Guarda e que em janeiro e julho dois profissionais terminam também os contratos de trabalho a termo.

"Nós queremos que todos os enfermeiros tenham contratos sem termo", disse, alegando que os profissionais "são necessários" nos serviços.

Honorato Robalo indicou que o SEP já esteve reunido com a Administração Regional de Saúde do Centro e com a administração da ULS da Guarda e espera que os enfermeiros que cessaram funções "retomem a sua atividade", como aconteceu em outros hospitais da região Centro.

A enfermeira Thalita Fernandes, de 29 anos, que estava a trabalhar no centro de saúde da Guarda a recibo verde e com contrato a termo desde agosto de 2009, ficou sem emprego em outubro e com incertezas em relação ao futuro.

A jovem disse esperar conseguir um contrato de trabalho a termo indeterminado e regressar ao ativo.

Já Marco Correia, de 33 anos, também desempregado, após quatro anos e meio de serviço no Hospital da Guarda, participou no protesto para "lutar por um contrato por tempo indeterminado".

Durante uma marcha realizada entre o portão do parque da saúde e a sede da ULS da Guarda, os enfermeiros exibiram duas tarjas e gritaram palavras de ordem: "É preciso, é urgente, um contrato permanente".

O presidente do conselho de administração da ULS, Vasco Lino, cruzou-se com os manifestantes, mas não prestou declarações aos jornalistas sobre o assunto.

Lusa