“Reunimos com o conselho de administração, melhor, com o enfermeiro diretor e dois assessores dele, e, apesar de haver diálogo, o conselho de administração mantém exatamente a mesma posição”, adiantou o representante do Centro.
Alfredo Gomes contou que “não há evolução nenhuma nas situações que o sindicato identificou e que estão por resolver, porque a posição é a mesma desde a reunião de 13 de janeiro”.
“Houve uma ou outra situação que foi ultrapassada, como já tínhamos assumido na greve do dia 03 de fevereiro, mas não há nada mais e, por isso, os enfermeiros decidiram manter a greve que já estava convocada para sexta-feira”, acrescentou.
O responsável pela região Centro do SEP explicou à agência Lusa que, depois da greve e manifestação dos enfermeiros no dia 03 de fevereiro, tinha “alguma esperança” nos resultados da nova reunião com o conselho de administração do CHTV.
“Pensei que pudesse haver, por parte do conselho de administração, alguma abertura para assumir mais compromissos do que tinha sido até ali e, no pedido da reunião, a ordem de trabalhos era mesmo fazer um ponto de situação no sentido de saber se havia evolução no assumir de compromissos”, esclareceu.
E o que “foi transmitido era que mantinham exatamente a mesma posição que tinham na reunião de 13 de janeiro e, por isso, não havendo qualquer evolução, manteve-se a greve”.
Entre as reivindicações destes profissionais, “que são uma série delas”, o sindicalista destacou o facto de “os enfermeiros que tiveram contratos em instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, porque eram precários, não lhes estarem a ser atribuídos pontos [relativos] a esse período - portanto, não progridem”.
“São enfermeiros que reuniram condições para progredirem em janeiro de 2018 e Ministério da Saúde (MS) só quer reposicioná-los e pagar a partir de janeiro de 2022, são enfermeiros que passaram para especialistas e não estão a contar pontos para trás”, acrescentou.
Este responsável do SEP afirmou que “são uma série de problemas que, pela lei do Orçamento do Estado de 2018, já deviam estar resolvidos” e, depois do próprio MS e do Governo emitirem dois diplomas, “não os resolvem e ainda criam mais”.
Entre as “poucas evoluções” que o sindicato sentiu por parte do conselho de administração do CHTV, entre 13 de janeiro e 03 de fevereiro, está “a contagem de pontos em alguns tipos de contrato que não estavam a contar e agora contam”.
“Mas é um número insignificante. É uma evolução, mas é insignificante”, assumiu Alfredo Gomes que também lembrou que “valorizaram a uns e não a outros” e “não há explicação” para isso.
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