O diretor-geral adjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS) Bruce Aylward adiantou, em conferência de imprensa, que a taxa de mortalidade da epidemia se situa nos 70 por cento nos três países da África ocidental mais afetados, a Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri.

A OMS estima que a partir do pico de 5.000 a 10.000 casos em dezembro, o número de infetados comece a diminuir paulatinamente graças às ações da luta contra a infeção que estão a ser aplicadas.

O representante da OMS sublinhou que esta é apenas uma previsão que pretende orientar a luta internacional contra o vírus, que provoca febre hemorrágica.

A contagem mais recente do atual surto de Ébola indica a existência de 8.194 infetados, dos quais 4.447 morreram. Aylward sublinhou que a grande maioria dos casos se mantêm naqueles três países africanos.

Em teoria, aponta-se para uma taxa de sobrevivência de 50 por cento, mas os números mascaram a realidade, destacou o diretor-geral adjunto da OMS.

"Há estes casos que conhecemos, estas mortes que nos são reportadas, mas isso não significa que se divida um número pelo outro e dizer quantas pessoas esta doença mata", esclareceu.

"Para ter esse número, é preciso pegar num grupo de pessoas, segui-las durante o curso da doença e perceber quantos sobrevivem. Neste conjunto de pessoas, que nós sabemos que estão doentes e conhecemos o desfecho, o que estamos a encontrar é uma mortalidade de 70 por cento, é quase o mesmo número nos três países", declarou Bruce Aylward.