As autoridades sanitárias alemãs levantaram hoje a recomendação contra o consumo de rebentos vegetais, que se destinava a prevenir infeções com a bactéria intestinal E.Coli, cuja estirpe mais perigosa, a 0104:H4, pode causar a morte.
Mantêm-se os avisos contra o consumo de sementes de feno-grego importadas do Egito, bem como rebentos extraídos destas sementes, que não devem ser consumidos crus, anunciaram em Berlim o Instituto Robert Koch (RKI), agência federal de combate a doenças, e o Instituto federal de Avaliações de Riscos.
As investigações laboratoriais realizadas não permitiram constatar que haja outras sementes de rebentos vegetais, além das sementes de feno-grego, associadas à epidemia de E.Coli que começou em maio na Alemanha, a qual contaminou milhares de pessoas e causou pelo menos 48 mortes, disseram as mesmas instituições.
De acordo com o RKI, a epidemia parou, mas receia-se que muitos pacientes tenham contraído doenças renais crónicas de relativa gravidade.
Concluídos os testes clínicos, “não há mais razões para continuar a manter as recomendações contra o consumo de rebentos e sementes crus”, referiu o mesmo comunicado.
Inicialmente, as autoridades sanitárias alemãs julgaram ter identificado, em Hamburgo, a estirpe mais perigosa da E.Coli em pepinos importados de Espanha e emitiram também avisos contra o consumo de tomate e salada crus para evitar o contágio.
A advertência à quebra do consumo dos referidos legumes na Alemanha e em vários países da Europa, causando avultados prejuízos aos horticultores espanhóis, mas também da Alemanha e até de Portugal.
Para atenuar parte dos referidos prejuízos, a União Europeia decidiu na altura criar um fundo de emergência para ajudar os horticultores comunitários.
21 de julho de 2011
Fonte: Lusa
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