8 de março de 2013 - 16h45
Os doentes oncológicos do distrito de Bragança vão ter pela primeira nesta região apoio especializado até agora apenas disponível nos principais hospitais dedicados à doença, foi hoje anunciado.
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste e o núcleo regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro oficializaram hoje um protocolo que vai permitir abrir em Bragança dentro de um mês um gabinete com apoio de voluntários, mas também de especialistas da área da psico-oncologia.
A principal vantagem e mais-valia desta parceria apontada pelo diretor clínico da ULS do Nordeste, Domingos Fernandes, é a de que os doentes oncológicos vão passar a ter, em Bragança, o apoio de técnicos especificamente vocacionados para a doença.
O apoio será dado num gabinete que deverá estar a funcionar dentro de um mês, segundo as previsões avançadas, nas instalações do Centro de Saúde da Sé.
Além dos especialistas, que serão disponibilizados pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, os doentes terão também o apoio dos voluntários do movimento “Viver é Vencer” mais vocacionado para as mulheres com cancro da mama.
Os doentes serão “acompanhados em todas as fases da doença e do tratamento” e de “uma forma integral”, sublinhou o diretor clínico, reiterando a importância desta valência numa região onde muitos doentes oncológicos são obrigados a longas deslocações para consultas e tratamentos e vão passar a dispor de um apoio até agora inexistente na região.
O presidente do núcleo regional do norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vítor Veloso, explicou que a instituição vai dar formação e que equipas internas vão deslocar-se à Bragança para “trabalhar em conjunto com as pessoas locais”.
Vítor Veloso lembrou que o Distrito de Bragança foi o primeiro a fazer, em Portugal, o rastreio do cancro da mama, há 15 anos, com uma adesão de 90 por cento das mulheres e que continua a destacar-se com uma percentagem maior a nível nacional.
“Bragança é sempre um distrito que é fácil, onde a adesão é muito grande aos rastreios do cancro da mama. As mulheres já estão habituadas, passam a palavra umas às outras e, portanto, continuam a ter uma adesão muito grande”, declarou.
Lusa