Há mais de um mês que vários doentes com Parkinson têm dificuldade em adquirir o
medicamento Parkadina, esgotado na maioria das farmácias portuguesas, revelou à
Lusa a presidente da Associação Portuguesa do Doente de Parkinson (APDP).

Segundo Helena Machado, a APDP teve conhecimento desta situação por
associados, alguns dos quais tentaram obter esclarecimentos ou resolver a sua
falta através da associação.”

“Inicialmente, tentámos resolver a falta através de empréstimos de
medicamentos a outros doentes que tinham mais ou fomos pedindo a farmácias onde
ainda estavam à venda”, disse.

Helena Machado desconhece a causa desta rutura de stock, mas sublinha que não
é a primeira vez que acontece medicamentos para a doença de Parkinson estarem
esgotados.

Aos associados que perguntam o que fazer perante esta falta, os responsáveis
da APDP advertem para não procederem a qualquer substituição, a menos que esta
seja orientada pelo médico do doente.

Segundo Helena Machado, a falta deste medicamento pode levar a uma acentuada
diminuição da qualidade de vida dos doentes.

O medicamento em falta é um antiparkinsónico, comercializado pelo laboratório
Basi, sujeito a receita médica e que pode, se aplicável, ser comparticipado pelo
Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 90 por cento.

Em Portugal, estima-se a existência de 20 mil portadores desta doença.

O Jornal de Notícias avança na edição de hoje que este medicamento está
prescrito a 5.000 doentes com Parkinson.

Lusa

09 de Maio de 2011