"A única coisa que podemos fazer é prorrogar a proibição que vigorou durante este ano por mais um ano", disse o ministro da Agricultura, Rasmus Prehn, em conferência de imprensa, esclarecendo que o objetivo dessa medida é proteger os dinamarqueses das chamadas zoonoses, ou seja, doenças e infeções transmissíveis dos animais ao homem.

O vison foi identificado até agora como o único animal capaz de transmitir Covid-19 a pessoas. Um projeto de lei para prorrogar a proibição atual, que tem o apoio da maioria dos deputados, será apresentado ao parlamento, disse Prehn.

Em novembro de 2020, a Dinamarca informou que os mais de 15 milhões de visons agrícolas existentes no país seriam sacrificados, depois de uma mutação do novo coronavírus ter sido detetada em animais, e temia-se que isso pudesse comprometer a eficácia das vacinas em desenvolvimento.

Autoridades de saúde recomendaram em junho a extensão da proibição, argumentando que a criação de visons continua a representar "um risco para a saúde humana, cuja magnitude é desconhecida". No entanto, o sacrifício em massa foi altamente controverso.

Uma vez que os incubatórios começaram a ser gaseados, uma objeção judicial a essa ordem determinou que a decisão do Poder Executivo não tinha fundamento legal, o que levou à renúncia do ministro da Agricultura anterior.

Após o escândalo, foi revelado que a eliminação dos animais abatidos representava uma ameaça ambiental, devido à possibilidade de libertação de fósforo e nitrogénio no solo, ao redor de valas comuns, devido ao processo de decomposição dos cadáveres.