Uma dieta rica em fibras, obtidas sobretudo a partir da ingestão de frutas, leguminosas e cereais integrais, é essencial na prevenção de doenças cardiovasculares e do aparelho digestivo, confirma a Organização Mundial da Saúde num relatório publicado na revista médica "The Lancet".

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O estudo, que analisou 185 pesquisas e 58 ensaios clínicos, frisa que 25 a 29 gramas de fibra diárias (as pessoas tendem a comer menos de 20) reduzem em 15 a 30% a incidência e mortalidade associada a doenças cardiovasculares ou patologias do aparelho digestivo como o cancro colorretal.

Segundo o estudo, registou-se ainda uma diminuição de 16 a 24% da incidência de outras doenças como a diabetes tipo 2.

"Aqui temos provas muito fortes de que uma dieta rica em fibra, que para a maioria das pessoas tenderá a ser alta em hidratos de carbono, tem um efeito protetor enorme num vasto leque de doenças, incluindo a diabetes, doenças cardiovasculares e cancro, ou seja, há benefícios numa dieta alta em hidratos de carbono", comenta Jim Mann, professor universitário e investigador da Universidade de Otago, citado pelo "The Guardian".

Mann acrescenta que "os alimentos que exigem mastigar e que mantém boa parte da sua estrutura no intestino aumentam a saciedade e ajudam a controlar o peso", ou seja, ajudam a produzir efeitos frequentemente associados às dietas com baixos níveis de hidratos de carbono.

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Segundo o estudo, a substituição de uma alimentação pobre em fibras por uma dieta rica em alimentos fibrosos pode evitar cerca de 13 mortes e 6 casos de doença cardíaca em cada 1000 pessoas.

As fibras são tipos de hidratos de carnono encontrados em alimentos como frutas, verduras, legumes, leguminosas, cereais, nozes e sementes.

As dietas low carb, ou seja, pobre em hidratos de carbono, tendem a ser insuficientes neste tipo de substâncias. A ingestão de fibras influencia a forma como o intestino delgado absorve as gorduras, preservando a sensação de saciedade e contribuindo para o controlo de peso.