Num comunicado divulgado esta terça-feira, apesar de considerar expectável a ocorrência de casos importados de febre-amarela, a Direção-geral da Saúde (DGS) sublinha que o risco de introdução da doença em Portugal é considerado baixo, “atendendo à inexistência de mosquitos” que provoquem a patologia em Portugal Continental e nos Açores.
Além disso, na Madeira, os mosquitos que podem transmitir febre-amarela têm “fraca densidade populacional”.
Verifica-se ainda, segundo a DGS, poucos casos de mobilidade entre Angola e Portugal por parte de cidadãos não vacinados.
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Para avaliar o risco da febre-amarela em Portugal, reuniram-se hoje na DGS vários especialistas, entre eles a diretora do departamento de epidemias da Organização Mundial da Saúde, bem como os representantes das autoridades de saúde da Região Autónoma da Madeira, onde existe o mosquito “aedes aegypti”.
No comunicado emitido no final da reunião, a DGS aconselha a um reforço da recomendação da vacinação contra a febre-amarela a todos os que viagem para áreas endémicas.
É ainda sugerido que se testem, através de exercícios de simulação, os planos de contingência para doenças transmitidas por vetores (mosquitos).
Deve ser também mantida e reforçada a vigilância das populações de mosquitos, tal como dos dispositivos para identificar precocemente casos importados.
A 21 de janeiros, o ministro da Saúde de Angola informou a Organização Mundial da Saúde sobre um surto de febre-amarela em Luanda. Pelo menos 230 pessoas já morreram até ao momento, entre mais de 1.600 casos suspeitos.
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