“Neste momento estamos atentos à situação em Itália. Houve mais casos detetado mas também foram tomadas medidas de contenção e isolamento”, disse Graça Freitas, em declarações à Lusa.

As infeções pelo novo coronavírus em quatro regiões do norte de Itália elevam-se a 132, depois de realizadas análises a cerca de 3.000 pessoas com sintomas suspeitos, informou este domingo o presidente da Proteção Civil italiana, Angelo Borrelli.

Graça Freitas adiantou ainda que os médicos deverão “estar atentos aos sintomas das pessoas e aos seus percursos nos últimos 14 dias” quando se desloquem ao médico por doença.

“Se alguém vier de uma zona afetada, nesta caso o norte de Itália, entram em contato com a linha de apoio ao médico. Faz-se uma nova história clínica nova triagem e se forem validados como suspeitos são enviados para um hospital de referência”, explicou a responsável.

Graça Freitas reiterou que a Direção Geral de Saúde vai “estar atenta ao evoluir da situação em Itália e no resto do mundo, pois há outros países com foco neste momento, como o Irão e a Coreia”.

“Mas, por enquanto, o nosso procedimento, tirando alargar este radar a outras áreas, o procedimento mantém-se o mesmo”, frisou.

As autoridade japonesas confirmaram este domingo que o português Adriano Maranhão, canalizador no navio Diamond Princess, atracado no porto de Yokohama, deu teste positivo ao coronavírus Covid-19, disse à Lusa fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros numa nota enviada à agência Lusa avançou ter sido “confirmado pelas autoridades de saúde japonesas que a pessoa em causa deu teste positivo. A família está informada, assim como o próprio”.

De acordo com a mesma fonte, o ministério está a “insistir junto das autoridades locais para que se proceda à sua transferência para o hospital de referência”, no Japão.

Em declarações à Lusa, Graça Freitas lembrou ainda que os cinco tripulantes portugueses presentes no navio “foram testados ao longo do tempo” e só este caso é que se confirmou positivo.

O coronavírus Covid-19 surgiu em dezembro em Hubei, no centro da China, país onde estão registados, a nível continental, 76.936 casos, 2.442 dos quais mortais.

O segundo país mais afetado é o Japão, com 769 casos (três dos quais mortais), incluindo pelo menos 364 no cruzeiro Diamond Princess, onde no sábado foi detetada a infeção de um cidadãos português.

Segue-se a Coreia do Sul, com 556 casos, cinco dos quais mortais.

Itália surge em quarto lugar dos países e territórios com mais casos, registando 132 casos de infeção por Covid-19, dois deles mortais.