Segundo o grupo de investigadores da Universidade de Zurique, é preciso colocar em prática estratégias específicas de prevenção para os desempregados, em vez de discutir unicamente os efeitos financeiros da crise económica.

A equipa analisou dados de mortalidade e suicídios entre os anos de 2000 e 2011 em 63 países do mundo, entre eles várias economias ocidentais, mas sem incluir países densamente povoados como a China ou a Índia.

Este período foi marcado por uma relativa prosperidade seguida de uma forte instabilidade económica provocada pela crise financeira e bancária de 2007 e 2008.

Neste período, foi registada uma média de 233.000 suicídios por ano nos países de referência. Desses, um quinto — cerca de 45.000 — foram atribuídos ao desemprego, segundo os investigadores.

De acordo com os cientistas suíços, homens e mulheres são igualmente vulneráveis aos efeitos do desemprego.

"O risco de suicídio parece mais forte nos países onde é pouco frequente a falta de emprego", conclui ainda o principal autor do estudo, Carlos Nordt, citado pela agência France Presse.