A China praticou um rígido controlo de natalidade entre 1980 e 2016, em nome da preservação de recursos escassos para a sua economia em expansão.
A queda na taxa de natalidade é vista agora, no entanto, como grande ameaça ao progresso económico e à estabilidade social no país asiático.
A Comissão Nacional de Saúde da China afirmou hoje, em comunicado, que vai realizar pesquisas para “estimular ainda mais o potencial de nascimentos”.
A mesma nota indica que a iniciativa se concentrará primeiro no nordeste da China, o antigo centro industrial do país que registou grande declínio populacional, à medida que jovens e famílias migraram para as cidades prósperas do leste e sudeste do país.
As autoridades revelaram no mês passado que, em 2020, foram registados 10,04 milhões de nascimentos, menos 14,8% do que o número oficial de nascimentos registado em 2019.
A China passou a permitir, desde 2016, dois filhos por casal, face ao envelhecimento da população chinesa.
No entanto, a mudança teve apenas um efeito temporário na taxa de natalidade, com muitos casais a justificarem a decisão de ter só um filho com os altos custos com educação e saúde e outras barreiras económicas e sociais.
A China tinha uma população de 1,34 mil milhões de pessoas em 2010, com uma taxa de crescimento anual de 0,57%, face a 1,07% uma década antes, segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas do país.
O último censo foi realizado no segundo semestre do ano passado e os resultados ainda não foram divulgados.
Um relatório das Nações Unidas diz que a Índia deve ultrapassar a China como o país mais populoso do mundo até 2027.
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