
"Em 2003, 111 quilómetros cúbicos de gelo desapareceram e dez anos depois esse número é quatro vezes maior e chega a 428 quilómetros cúbicos por ano", indica em comunicado o DTU Space Lab, do Instituto Técnico da Dinamarca.
Os investigadores participaram num estudo sobre mudanças climáticas nas massas polares, publicado pela Academia Americana de Ciências (PNAS).
A investigação encontrou "mudanças profundas e surpreendentes no esquema de degelo", afirmou o diretor do DTU Space Lab, Shfaqat Abbas Khan, citado no comunicado.
Até agora, o degelo ocorria apenas na calota de gelo, especialmente nos glaciares do noroeste e sudeste da Gronelândia.
Este degelo é explicado pelo aumento das temperaturas terrestres e, em parte, pelo contacto com a água do mar que é cada vez mais quente.
O novo estudo mostra que o gelo também tem derretido no sudoeste da ilha, o que tem sido acelerado pelo aumento das temperaturas do solo.
O degelo da camada de gelo da Gronelândia explica parcialmente a elevação do nível dos oceanos.
Entre 1979 e 1990, a Antártida perdeu em média 40.000 milhões de toneladas de massa glaciar por ano. De 2009 até 2017, a perda foi de 252 mil milhões de toneladas por ano.
Variável, dependendo da região, a ascensão do nível do mar foi em média de cerca de 20 cm no século 20. Hoje, a água sobe em média 3,3 mm por ano, uma vez e meia a mais do que a média do século passado.
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