Em julho deste ano começaram a ser introduzidas consultas de saúde oral nos centros de saúde, com experiências piloto que decorreram em algumas unidades da Grande Lisboa e do Alentejo.
Nesta primeira fase, tinham acesso a consultas de saúde oral doentes portadores de diabetes, neoplasias, patologia cardíaca ou respiratória crónica, insuficiência renal em hemodiálise ou diálise peritoneal e os transplantados inscritos nos agrupamentos de centros de saúde onde decorreram as experiências piloto.
Segundo fonte oficial do Ministério da Saúde, a partir de 1 de janeiro de 2017 “deixará de existir limitação da referenciação às patologias consideradas mais relevantes”, permitindo que o médico de família oriente os utentes que considerem que podem beneficiar de cuidados de saúde oral, “sem nenhuma condicionante”.
Além de um grupo inicial de 13 médicos dentistas e assistentes dentários contratados para a fase da experiência piloto, o Ministério prevê contratar durante 2017 mais 13 novos médicos dentistas a alocar a centros de saúde nas regiões Norte, Centro e Algarve.
Em reposta a questões da agência Lusa, o Ministério refere ainda que vai ser homogeneizada a metodologia de trabalho dos 26 médicos dentistas que já exerciam a sua profissão no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o que era feito “de forma assimétrica, não devidamente reconhecida e nem adequadamente integrada”.
“Assim, no final de 2017 prevê-se que existam no SNS de Portugal Continental cerca de 50 médicos dentistas a exercer a sua profissão nos cuidados de saúde primários, de forma homogénea e em condições semelhantes”, refere a mesma fonte oficial do Ministério da Saúde.
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