A procura de pílulas gratuitas nos serviços de saúde deverá aumentar com as dificuldades financeiras decorrentes da crise, prevê a Associação para o Planeamento da Família, que alerta para a importância de não haver ruturas de stock.
Hoje assinala-se o Dia Mundial da Contraceção e, segundo o diretor executivo da Associação para o Planeamento da Família, atualmente os portugueses têm menos capacidade para comprar, na farmácia, a contraceção, como antes acontecia.
Para a APF é ainda importante reforçar os programas de informação sobre contraceção junto dos grupos que estão mais afastados dos serviços de saúde, como os jovens e as pessoas em situações de pobreza que se autoexcluem da proteção social.
Os especialistas na área da contraceção apelam também para um reforço da utilização de outros métodos além da pílula, como o anel vaginal ou o adesivo.
Em Portugal, mais de 60% das mulheres escolhem como método contracetivo a pílula, mas existem muitos outros que são menos conhecidos.
Também a Sociedade Portuguesa de Contraceção sublinha a importância destes métodos “com pouca procura pela população portuguesa”, como afirmou à Lusa Teresa Bombas.
Para esta responsável da Sociedade, na impossibilidade de os distribuir gratuitamente, deveria ser equacionada, pelo menos, a sua comparticipação estatal.
26 de setembro de 2012
@Lusa
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