Questionada pela agência Lusa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) esclareceu que foram testadas 149 pessoas da instituição, entre utentes e funcionários, e, dessas, 20 estão positivas.

O primeiro caso surgiu na segunda-feira passada.

De acordo com a ARSLVT, os casos positivos e os contactos de alto risco "estão em isolamento".

Com a colaboração da Proteção Civil Municipal, da GNR e da autoridade de Saúde, os utentes positivos e negativos foram divididos por pisos dentro do lar e as instalações foram desinfetadas, disse o presidente da Câmara de Mafra, Hélder Sousa Silva.

A ARSLVT esclareceu ainda que não há cruzamento das equipas prestadoras de cuidados.

Para a substituição dos funcionários infetados, foi "pedido reforço através da Cruz Vermelha, tendo já havido resposta parcial aos recursos solicitados, e o centro de saúde irá ajudar com profissionais de enfermagem a tempo parcial até retorno das enfermeiras do quadro da instituição, que se encontram em quarentena por serem consideradas contactos de alto risco".

À Lusa, o autarca adiantou que o lar foi reforçado com quatro auxiliares, dois enfermeiros e dois funcionários na cozinha.

Mafra, no distrito de Lisboa, regista desde o início da pandemia 593 casos positivos, dos quais 70 estão ativos, 506 recuperaram e 17 morreram, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado hoje pelo município.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 880.396 mortos e infetou mais de 26,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.840 pessoas das 60.258 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.