É “a maior e mais rápida operação alguma vez realizada na aquisição e distribuição de vacinas” e está integrada no plano do Mecanismo de Acesso Mundial às Vacinas contra a COVID-19 (COVAX), um mecanismo global co-liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a compra e distribuição equitativa de vacinas a países com baixos e médios rendimentos, segundo indicou a UNICEF num comunicado.
A UNICEF, em colaboração com o Fundo Rotativo da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS), irá coordenar os esforços para comprar e distribuir doses de vacinas contra a COVID-19 para um total de 92 países de baixos e médios rendimentos, com o apoio do mecanismo COVAX e das reservas para emergências humanitárias.
A agência da ONU também vai a ajudar a obter vacinas para cerca de 80 países de maior rendimento que já manifestaram a intenção de participar no mecanismo COVAX, doses essas que serão financiadas com os respetivos orçamentos públicos.
“Trata-se de uma aliança entre governos, fabricantes e parceiros multilaterais na qual todos devemos fazer a nossa parte para continuar com a batalha decisiva contra a pandemia da COVID-19”, disse a diretora-executiva da UNICEF, Henrietta Fore.
De acordo com os prazos comunicados à UNICEF por 28 fabricantes com centros de produção em dez países, o período estimado entre o desenvolvimento e a produção de vacinas poderá constituir "um dos avanços científicos e de fabricação mais rápidos da história".
A organização referiu, citando as explicações fornecidas pelos fabricantes, que os investimentos necessários para obter uma produção em grande escala de doses de vacinas vão depender do sucesso dos ensaios clínicos, da disponibilidade de acordos para uma compra antecipada, da confirmação de fundos de financiamento, bem como de uma otimização, por exemplo, dos registos e das medidas de regulação.
O próximo passo desta grande operação será garantir que os países que vão financiar diretamente as vacinas confirmem a sua participação no mecanismo COVAX antes do dia 18 de setembro, o que irá permitir conseguir fundos para aumentar a capacidade de fabricação em grande escala através de acordos de aquisição antecipada.
A pandemia do novo coronavírus já causou a morte de pelo menos 869.718 pessoas e infetou mais de 26,3 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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