“Nós temos apenas três utentes no hospital”, referiu à Lusa o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz (Évora), José Calixto, explicando que a primeira idosa internada “está estabilizada, tranquila”, e não está ventilada, mas necessita de “apoio de oxigénio e de cuidados diferenciados”.
As outras duas utentes internadas no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) suscitam “um nível de preocupação menor” e encontram-se “estáveis”, mas, como tinham “alguns sintomas”, ficam na unidade, indicou.
O primeiro caso positivo de covid-19 no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), o da utente que foi logo internada, foi detetado na quinta-feira passada, tendo nesse mesmo dia sido iniciados os testes a todos os 105 funcionários e 83 utentes da instituição, disse o presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo, José Robalo, numa conferência de imprensa realizada no sábado de manhã.
O presidente da câmara revelou hoje que, “neste momento, o balanço é de 17 trabalhadoras e de 46 utentes” infetados com a doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
NO domingo, “registou-se mais um caso que antes estava inclusivo” e que “passou a positivo”, entre os utentes do lar – passou de 45 para 46 -, elevando o total de infetados, juntamente com os casos de funcionários, para 63 pessoas.
“As 17 funcionárias estão em casa a recuperar sem sintomas relevantes e os outros utente estão no lar”, assinalou também José Calixto.
Os utentes que se encontram no lar estão divididos, para não juntar os infetados com os que não têm a doença, disse o presidente do município, que revelou que no domingo fez um pedido à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil “para apoio militar logístico” na instituição de apoio aos idosos,”em termos de contenção das alas covid e não covid”.
“Como estamos a trabalhar com doentes que, por vezes, têm já alguns sinais, por exemplo, de demências, achei por bem ter a ajuda dos militares para esse trabalho”, justificou.
Os militares foram acionados ao início da tarde e, às 00:30 de hoje, os "militares já estavam a cumprir a missão na unidade”, ou seja, a prestarem apoio logístico para garantir que as duas alas são estanques, realçou.
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) informou que “seis militares do Exército estão”, desde domingo, “a apoiar o Lar da Fundação Maria Inácia Perdigão Silva, em Reguengos de Monsaraz, onde foram identificados casos positivos de covid-19”.
“A equipa é composta por um médico, um enfermeiro, um socorrista e três militares para apoio, provenientes do Centro de Saúde Militar de Évora e do Regimento de Cavalaria n.º 3”, precisou o EMGFA, referindo que o pedido para “apoio logístico, de saúde e avaliação de processo de desinfeção das instalações do lar foi solicitado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil”.
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