“O SNS respondeu, está a responder e continuará a responder à pandemia e ao seu impacto. Ao dia de ontem (quinta-feira), e face a 15 de outubro, foram disponibilizadas para doentes covid-19 mais 617 camas de enfermaria e mais 93 camas em unidades de cuidados intensivos dentro do SNS”, afirmou o governante, em conferência de imprensa de atualização sobre a pandemia.

Apesar de vincar que “o aumento de novos casos não tem a mesma dimensão no número de casos internados em enfermaria” ou cuidados intensivos, Diogo Serras Lopes reconheceu a “pressão adicional” sobre o SNS, traduzida na subida da média diária de novos casos na última semana para 3.546, acima dos 2.363 e 1.711 verificados nas duas semanas anteriores.

As taxas de ocupação de camas nos hospitais para doentes covid-19 estão também a atingir novos máximos e o secretário de Estado da Saúde admitiu a perspetiva de “semanas difíceis na evolução” da pandemia.

“Ao dia de ontem (quinta-feira) a taxa de ocupação global em camas de enfermaria dedicadas à covid-19 foi de 84% e a taxa de ocupação de camas de UCI dedicadas à covid-19 foi 81%”, explicou.

“A capacidade atual do Sistema Nacional de Saúde continuará a ser expandida na medida do necessário para garantirmos os melhores cuidados de saúde a todos num contexto de incerteza e de evolução rápida da pandemia a nível global”, disse Diogo Serras Lopes.

Depois de dar conta dos novos recordes de casos, óbitos e internamentos, o secretário de Estado reiterou a necessidade de conter a evolução exponencial da situação pandémica no país através de “um comportamento responsável” dos portugueses.

“Tão fundamental como a capacidade de resposta é a necessidade de controlarmos e diminuirmos o número de casos novos, individual e coletivamente. Temos o dever de reduzir ao máximo possível as possibilidades de contágio. Só com um comportamento responsável, seguindo as regras e orientações que já todos conhecemos seremos capazes de reduzir e controlar os contágios e, naturalmente, a pressão atual sobre os serviços de saúde”, concluiu.

Portugal ultrapassou hoje todos os recordes desde o início da pandemia de covid-19 com o registo de 40 mortos, 4.656 infetados e 1.927 doentes internados, 275 dos quais em cuidados intensivos, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o boletim epidemiológico da DGS hoje divulgado, Portugal, que regista hoje o número mais elevado de novos casos desde março, início da pandemia, contabiliza 137.272 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e 2.468 óbitos.

Em relação aos internamentos, o número de pessoas hospitalizadas continua a subir desde há mais de uma semana, sendo agora de 1.927 pessoas, mais 93 do que na quinta-feira, das quais 275 (mais seis) estão em unidades de cuidados intensivos.