Em causa está o Lar de Idosos da Casa do Povo de Santa Cruz de Alvarenga, em Arouca, distrito de Aveiro, que em 29 de agosto tinha 64 infetados simultâneos com o novo coronavírus e viu depois esse número crescer para 76 doentes, dos quais quatro em internamento no hospital de Santa Maria da Feira.

"Neste momento já não temos ninguém em internamento e, entre os 59 seniores alojados na instituição, todos deram resultado negativo no teste, à exceção de quatro, cuja análise foi inconclusiva e terá que ser repetida. Ao nível dos 55 funcionários ao serviço da casa, a situação também estará a normalizar-se, apontando para uma esmagadora maioria negativa entre os 29 que estavam doentes", disse a presidente da Câmara de Arouca.

Óbitos também não se registaram e, dado que os quatro resultados pendentes se referem a idosos assintomáticos, que são o grupo de maior risco, Margarida Belém considerou que a crise na unidade residencial de Alvarenga "está praticamente resolvida".

Para a autarca socialista, isso é "um grande alívio" para a comunidade e deve-se sobretudo a três fatores: "O incansável trabalho da equipa de profissionais do lar, a ajuda de todas as entidades públicas ligadas à área e a fibra dos nossos idosos, que são uns verdadeiros heróis".

Quanto à corporação dos Bombeiros Voluntários de Arouca, que no final de agosto também tinha nove operacionais doentes entre os cerca de 80 elementos do seu corpo ativo e se viu obrigada a remeter 30 deles para quarentena, só três pessoas continuam contaminadas com o vírus SARS-CoV-2.

Os restantes casos de contágio confirmado estão distribuídos por diferentes localidades do município, que envolve um território com 329 quilómetros quadrados e cerca de 22.400 habitantes.

Esta manhã, o balanço oficial da situação epidemiológica em Arouca indicava assim, segundo dados da Câmara, 171 casos de covid-19 ativos.

Desde o início da pandemia em março, o acumulado de residentes que a certa altura estiveram diagnosticados com a doença é agora de 302, o que abrange oito óbitos associados ao vírus.

Margarida Belém realçou, ainda assim, que, face ao agravamento da situação a nível nacional e ao arranque do novo ano escolar, não se pode baixar a guarda.

"É preciso continuar a seguir escrupulosamente as recomendações das autoridades de saúde, em particular usando máscara e evitando situações de convívio social e familiar", sublinhou.

O novo coronavírus responsável pela presente pandemia de covid-19 foi detetado na China em dezembro de 2019 e já infetou mais de 30,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 946.727 morreram.

Em Portugal, morreram 1.894 pessoas dos 67.176 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.