No final de uma ação de campanha em Portalegre, Rui Rio foi questionado pelos jornalistas sobre o que espera da reunião sobre a evolução da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, juntando políticos e especialistas, que acontecerá hoje a partir das 15:00 em Lisboa.
“Para ser sincero, não conto com nenhuma novidade, acho que temos todos a noção que atingimos um patamar na pandemia em que podemos fazer, não a libertação completa, mas aliviar substancialmente as medidas”, afirmou o líder social-democrata.
Rio disse que ficaria “muito admirado” se não fosse essa a decisão e atribuiu os bons resultados de Portugal “em primeiro lugar” ao coordenador da ‘task-force’ da vacinação, vice-almirante Gouveia e Melo, e a toda a equipa que geriu.
“Eu fui o primeiro a dizer que devíamos escolher um militar para liderar algo que tinha muito pouco a ver com política de saúde, mas acima de tudo com logística”, afirmou, considerando que, numa primeira fase, “quando o PS meteu um dos seus a coordenar estava a ser um falhanço completo”.
“Espero da reunião de hoje a consequência lógica do bom trabalho do almirante e de todos os profissionais de saúde que sob o comando dele fizeram este trabalho positivo”, acrescentou.
A reunião de quinta-feira, prevista para as 15:00, decorrerá em formato “semipresencial”, esperando-se que, tal como aconteceu em 09 de julho, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa, estejam na sede do Infarmed.
Como tem sido habitual, a ministra da Saúde, Marta Temido, e grande parte dos especialistas estarão presentes e, desta vez, os diferentes partidos com assento parlamentar poderão enviar um elemento à reunião. Os restantes acompanharão os trabalhos por videoconferência.
Na semana passada, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, adiantou que nesta nova reunião do Infarmed será debatido o novo patamar do processo de desconfinamento, num momento em que Portugal está próximo de ter 85% da população vacinada contra a covid-19.
Apesar de não ter fornecido detalhes sobre o que vai acontecer quando Portugal atingir esse patamar de 85% da população vacinada, Mariana Vieira da Silva advertiu que, mesmo assim, o país, a partir de outubro, vai ter de continuar a conviver com algumas "medidas obrigatórias" e com recomendações da Direção Geral da Saúde.
Na última semana, o número de infetados e de internamentos tem estado a baixar em Portugal.
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