Num comunicado hoje divulgado, a PRO.VAR (PROmover & inoVAR) refere que se reuniu “com o secretário de Estado do Comércio, esta segunda-feira e manifestou a sua preocupação pelo facto desta área de negócio [os casamentos] não ter ainda uma data de reabertura, uma situação de extrema gravidade para o setor pois, além de terem questões contratuais muito complexas com os seus clientes, começam a olhar para o futuro com enorme apreensão e receio, pois temem dar como perdido, pelo menos um ano de atividade”.

A entidade diz que “não compreende” porque é que este segmento ainda não conhece “data para o seu reinício” tendo em conta que está “dentro da atividade da restauração” e cumpre “por excesso, as recomendações apresentadas pela DGS [Direção-Geral da Saúde]”.

A associação defende mesmo que “pela ordem natural e cronológica de reabertura, em função do risco de contágio, este setor deveria ter tido a autorização de reabertura aquando dos restaurantes, em 18 de maio”.

De acordo com a PRO.VAR, este tipo de eventos permitem atingir “uma elevada segurança para os convidados e colaboradores” por serem “organizados com muita antecedência, decorrendo em circuito fechado, sem rotação de clientes, e em ambiente controlado”.

A associação esclarece que eventos como os casamentos permitem um maior espaçamento entre as mesas e cadeiras, bem como uma distribuição de lugares feita com antecedência, “dispensando essa tarefa junto dos convidados" e permitindo que "a distribuição destes possa ser feita de acordo com a sua condição de coabitante”, lê-se na mesma nota.

Para a PRO.VAR, é possível “estabelecerem-se medidas específicas para que estes tipos de estabelecimentos possam abrir de imediato, estando as empresas de eventos disponíveis para alterar o formato de 'buffet' e de animação, aumentando o investimento em utensílios e equipamentos de proteção adequados, aumentando os recursos humanos no serviço e a oferta de mais variedade e novos formatos de animação”.

De acordo com o organismo, “que está em causa é apenas uma questão de mera perceção de risco de contágio, que na prática não existe”, sendo que a associação estima que a atividade tenha um peso direto de 900 milhões de euros, gerando negócios avaliados em quatro mil milhões de euros, lê-se no comunicado.

“São milhares de empregos diretos e indiretos que começam a ficar em causa, todo um setor suspenso e em clara dificuldade, são projetos de vida a dois adiados, com consequências irreversíveis na taxa de natalidade, sem contar com os projetos do setor imobiliário e automóvel adiados, são vidas adiadas e negócios perdidos”, lamentou a organização.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 346 mil mortos e infetou mais de 5,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Quase 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.342 pessoas das 31.007 confirmadas como infetadas, e há 18.096 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.