“Vamos avançar com [o funcionamento] 24 (horas) sobre sete (dias) assim que pudermos e o ministro da Saúde (Matt Hancock) fará o anúncio na devida altura. Mas atualmente existe um limite no abastecimento [de vacinas]”, adiantou, durante o debate semanal na Câmara dos Comuns.
De acordo a edição de hoje do jornal Financial Times, Johnson aprovou um projeto piloto para um centro de vacinação que vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, apesar de na segunda-feira um porta-voz ter afirmado que havia pouco interesse de pessoas em serem vacinadas depois das 20:00 horas.
De acordo com os dados mais recentes, mais de 2,4 milhões de pessoas foram vacinadas até agora no Reino Unido, de quatro grupos prioritários: residentes e funcionários de residências sénior, pessoas com mais de 80 anos, profissionais de saúde da linha de frente, pessoas com mais de 70 anos e indivíduos muito vulneráveis clinicamente.
No total, estes grupos totalizam cerca de 14 milhões de pessoas e os dados indicam que 90% da mortalidade de covid-19 no Reino Unido foi registada nestas categorias.
O Governo tem estado sob pressão nos últimos dias para acelerar o programa de vacinação e dar maior prioridade a trabalhadores de serviços críticos, como polícias, professores e trabalhadores de supermercados.
Hoje foi noticiado que tripulantes da companhia aérea EasyJet, muitos dos quais estão atualmente em ‘layoff’ devido às restrições de funcionamento da aviação, vão voluntariar-se para administrar as vacinas, juntando-se a médicos, enfermeiros e farmacêuticos aposentados.
O Governo desenhou uma rede de cerca de 1.500 locais de vacinação, desde grandes centros a funcionar em pavilhões de exposições, estádios de futebol e outras instalações desportivas a hospitais públicos, centros de saúde, farmácias e equipas móveis.
Para atingir a meta dos 14 milhões de pessoas imunizadas até 15 de fevereiro, o ritmo de vacinação tem de aumentar para cerca de dois milhões por semana.
Matt Hancock também disse que pretendia que todos os adultos no Reino Unido possam ser vacinados até ao outono.
O Reino Unido foi o primeiro a aprovar o uso de vacinas contra a covid-19, em dezembro, e atualmente tem aprovadas três, desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech, AstraZeneca/Oxford e Moderna, embora esta última só tencione entregar as primeiras doses na primavera.
O país é também, na Europa, onde a pandemia covid-19 tem tido maior impacto, tendo até terça-feira contabilizado 83.203 mortes confirmadas atribuídas ao SARS-CoV-2.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.963.557 mortos resultantes de mais de 91,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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