"Temos feito, participado e acolhido rastreios de diversa ordem em função da sua pertinência e prioridade e neste momento a prioridade é a comunidade educativa que vai participar no retorno à atividade das creches em simultâneo com os lares e o contexto prisional. Outras situações serão equacionadas", afirmou Graça Freitas.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) entregou hoje no parlamento uma petição com 4.500 assinaturas a exigir a realização de testes de despistagem da doença COVID-19 a toda a comunidade escolar que na próxima semana deverá regressar às escolas.
No fim de semana, a Fenprof lançou uma petição exigindo a realização de testes a professores, alunos e funcionários e em apenas três dias conseguiu recolher as quatro mil assinaturas necessárias para levar o tema a debate no plenário da Assembleia da República.
Apesar de a petição ter sido entregue, a estrutura representativa dos professores vai continuar a recolher assinaturas, "que serão acrescentadas posteriormente e também, na qualidade de abaixo-assinado, e entregues ao Governo".
Confrontada com este apelo, a diretora-geral da Saúde, que falava aos jornalistas na habitual conferência de imprensa diária de ponto de situação sobre a pandemia COVID-19 em Portugal, disse, no entanto, que "o Ministério da Saúde apoia rastreios que têm uma mais valia no sentido de poder identificar casos positivos e retirá-los do circuito" e que "outras situações serão equacionadas no devido tempo".
Graça Freitas aproveitou para fazer um ponto de situação sobre os rastreios em curso, apontando que o plano aos lares, onde reside "uma população muito vulnerável", está a ser feito em colaboração Ministério do Trabalho e Segurança Social, autarquias e academias, estando "a terminar".
"Estão a decorrer, com o Ministério da Justiça a encabeçar o plano, rastreios em contexto prisional. E nas creches, estão em curso uma vez que a atividade das creches vai ser retomada e os meninos pequeninos precisam de proteção especial", referiu.
Portugal regista hoje 1.163 mortes relacionadas com a COVID-19, mais 19 do que na segunda-feira, e 27.913 infetados, mais 234, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde.
Em comparação com os dados de segunda-feira, em que se registavam 1.144 mortos, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 1,7%.
Relativamente ao número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus (27.913), os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) revelam que há mais 234 casos do que na segunda-feira (27.679), representando uma subida de 0,8%.
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