O ‘Tag Rugby’ é uma variante de contacto mínimo, sem disputa de alinhamentos ou ‘mêlées’, onde os jogadores transportam à cintura duas fitas penduradas, seguradas por velcro, que ao serem arrancadas por um adversário se considera que o jogador foi placado.
A iniciativa tem em vista desbloquear o impedimento que recai sobre treinos e competições dos escalões jovens de râguebi, que ficaram de fora das orientações para a retoma das modalidades coletivas divulgadas na semana passada pela DGS.
Nesse sentido, o presidente da FPR, Amado da Silva, garantiu à agência Lusa que “foi já solicitada”, mais uma vez, “uma reunião com a Direção-Geral da Saúde”.
A variante ‘Tag’ já é utilizada nos convívios de sub-8, sub-10 e sub-12, sendo vista como uma alternativa para permitir algum tipo de competição aos escalões superiores, de sub-14 (pré-competição), sub-16 e sub-18 (competição) “na esperança de poder vir a retomar as regras habituais nas fases finais”, mas sempre “dependendo da evolução da pandemia”.
“Temos de reunir com a DGS para entenderem que na variante de ‘Tag’ não há contacto e não faz qualquer sentido estar incluída no grupo de modalidades de alto risco de contágio. Temos de esperar pela autorização do governo, mas acreditamos que não vamos passar meses a fio sem que haja desporto jovem”, desabafou Carlos Amado da Silva.
O dirigente disse, ainda, entender que a DGS "terá um grande número de solicitações nesta altura", mas lembrou que “é preciso dar respostas aos clubes”, que precisam dos miúdos “até financeiramente” e de “saber se os podem voltar a receber” nas suas instalações.
Em 25 de agosto, a DGS atualizou as normas para a retoma das competições de modalidades coletivas, incluindo o râguebi e os desportos de contacto no grupo de alto risco.
A classificação do râguebi como modalidade de risco elevado nas orientações da DGS obriga a uma testagem de todos os agentes envolvidos na organização dos jogos oficiais até 48 horas antes do momento competitivo e, para os escalões de formação, impede mesmo o contacto físico em contexto de treino e a competição.
No mesmo dia, em reação às orientações divulgadas, o presidente da FPR acusou a DGS de “tratamento diferenciado” para outras modalidades e de não responder às propostas do organismo para retomar a atividade durante a pandemia de COVID-19.
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