“Finalmente, depois de uma discussão de semanas sobre a necessidade de rever a matriz de risco - os indicadores que as autoridades usam para determinar medidas mais ou menos restritivas - há um reconhecimento por parte dos especialistas de que não podemos continuar a responder à pandemia em julho de 2021 como respondíamos em março de 2020”, defendeu o vice-presidente da bancada do PSD Ricardo Baptista Leite, em declarações aos jornalistas no parlamento.
Depois de ter assistido, por videoconferência, à reunião no Infarmed que voltou a juntar hoje especialistas e políticos para avaliar a situação epidemiológica da covid-19 e o eventual levantamento de algumas medidas de restrição, o deputado recordou que os sociais-democratas já propuseram essa revisão há algumas semanas e deixou um apelo ao Governo.
“O PSD espera que o que são as recomendações dos especialistas sejam refletidas rapidamente no Conselho de Ministros e em articulação com os vários setores da economia”, disse, considerando que “há um verão inteiro pela frente” e esperança de alguns setores de recuperarem parte das perdas do último ano e meio.
Sobre a vacinação de crianças e jovens entre os 12 e 16 anos - anunciada pelo primeiro-ministro, António Costa, como estando pronta a avançar entre agosto e setembro, mas ainda condicionada a uma decisão final da Direção Geral da Saúde -, o médico e deputado do PSD considerou ser necessário, primeiro, “tranquilizar os pais”.
“Deve haver uma campanha clara, transparente, com base na ciência que explique quais os dados para sustentar uma eventual vacinação dessa população”, defendeu.
Para Baptista Leite, “o que não pode acontecer é anunciar que se vai avançar para a vacinação sem tranquilizar os pais que, neste momento, vivem com dúvidas importantes”.
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