Segundo o vice-presidente daquela Associação Humanitária, João Fernando Meira, a decisão de vacinar o presidente da direção "foi colegial", "conjunta", dos elementos da direção e comando, numa altura em que o corpo de Bombeiros de Mogadouro, no distrito de Bragança, foi atingido por um surto de covid-19.

"Tivemos um surto de covid-19 no nosso quartel, que infetou 16 dos 27 operacionais permanentes, incluindo o comandante e um membro da direção, que prestam serviço diário na sede da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro", explicou à Lusa João Fernando Meira.

O responsável confirmou que ele próprio esteve infetado e que era necessário estar o presidente em "permanência" no quartel, dado o impacto que o surto de covid-19 teve no dia-a-dia da corporação.

O presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro, João Gouveia, recebeu a primeira dose da vacina no dia 28 de janeiro.

As três doses recebidas na corporação foram cedidas pela clínica de hemodiálise, após esta vacinar os seus utentes. Estas doses foram encaminhadas para os bombeiros por serem operacionais que estão na linha da frente no combate à pandemia, explicou o responsável.

O surto na corporação teve início na primeira quinzena de janeiro e atingiu metade dos operacionais que prestam serviço em permanência nos bombeiros de Mogadouro.

Nesta atual fase de vacinação já 32 operacionais dos Bombeiros de Mogadouro, num universo de 72 bombeiros, receberam a primeira dose.

Segundo o último boletim epidemiológico emitido no final da tarde de terça-feira pela Unidade Local de Saúde do Nordeste, o concelho de Mogadouro tem três casos ativos de covid-19.

Em Portugal, morreram 15.522 pessoas dos 788.561 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.