Estes foram alguns dos indicadores relativos à evolução da pandemia da covid-19 desde março até hoje apresentados por António Costa no final da reunião do Conselho de Ministros que aprovou as medidas que irão acompanhar a situação de contingência no país a partir de terça-feira.
Na conferência de imprensa, António Costa começou por frisar que Portugal está longe de registar um crescimento exponencial de casos de covid-19, mas ressalvou que se tem vindo a verificar "um constante aumento de novos casos desde o fim da fase de confinamento" em maio.
No que respeita ao indicador do risco de transmissibilidade, o líder do executivo apontou que o país "nunca se afastou significativamente do valor 1, uns dias e umas semanas ligeiramente abaixo, outras vezes ligeiramente acima desse risco de transmissibilidade".
No entanto, caso o foco incida nas últimas semanas, regista-se que desde o início de agosto "tem havido um crescimento sustentado de novos casos, de que os números de quarta-feira e de hoje são particularmente significativos", apontou.
O aumento que se tem verificado, de acordo com o primeiro-ministro, resulta de formas de transmissão associadas a relações familiares e à atividade social.
"Este período de férias, seja por natural relaxamento do comportamento individual de cada um, seja pela multiplicação de deslocações ou encontros, tem contribuído para um aumento significativos de novos casos", justificou.
Porém, segundo António Costa, estes novos casos estão concentrados entre os 20 e os 39 anos - grupo populacional que apresenta maior prevalência de casos assintomáticos e de menor gravidade.
"Verifica-se uma estabilização de pessoas internadas em geral e, em particular, nas pessoas que estão internadas em cuidados intensivos. Da mesma forma, felizmente, o número de óbitos tem-se mantido relativamente estável. Portugal apresenta uma taxa de letalidade bastante baixa comparativamente a outros países europeus", referiu.
O primeiro-ministro afirmou ainda que o número de casos recuperados "tem tido uma evolução francamente favorável".
"No balanço entre pessoas recuperadas e óbitos, o número de ativos registou uma subida muito significativa entre fevereiro e 18 de maio, seguindo-se uma queda abrupta, uma estabilização e, agora, uma tendência de crescimento nas últimas semanas", acrescentou.
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