Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.175 mortes associadas à COVID-19 e 28.132 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Em 24 horas registaram-se mais 12 óbitos (mais 1,03%) e 219 casos de infeção (crescimento de 0,8%).

No total há já 3.182 casos de recuperação, mais 169 do que ontem.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de terça-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 667 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (257), Centro (221) e Algarve (14). Pelo menos uma morte foi registada no Alentejo. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 692 doentes internados, menos 17 do que na terça-feira, e 103 em unidades de cuidados intensivos, menos 10 que ontem.

Pelo menos 2.686 pessoas aguardam resultado laboratorial e 26.278 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 282.961 casos suspeitos, sendo que 252.143 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no boletim de hoje, 788 tinham mais de 80 anos, 232 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 104 entre os 60 e 69 anos, 38 entre 50 e 59, 12 entre os 40 os 49 e um homem entre os 20 e os 29 anos.

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, com 16.112 casos, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (7.647), da região Centro (3.559), do Algarve (351) e do Alentejo (238). Nos Açores, existem 135 casos confirmados e na Madeira 90.

Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 1.811 casos, seguido de Vila Nova de Gaia (1.461), Porto (1.306), Matosinhos (1.217), Braga (1.153), Gondomar (1.050), Maia (909), Sintra (790), Valongo (737), Ovar (636) e Coimbra (561).

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.746), seguida da faixa é a dos 40 aos 49 anos (4.728), e das pessoas com mais de 80 anos, em que há 4.270 casos.

Há 4.072 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 3.411 entre os 20 e os 29 anos, 3.167 entre os 60 e 69 anos e 2.382 com idades entre 70 e 79 anos.

A DGS regista ainda 484 casos de crianças até aos nove anos e 872 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com o boletim divulgado esta quarta-feira, 42% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 30% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 89% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados da Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Portugal entrou às 00:00 de 3 de maio em situação de calamidade, depois de ter estado em três períodos consecutivos em estado de emergência que vigoraram desde 18 de março.

Com a situação de calamidade, vai vigorar um “dever cívico de recolhimento domiciliário” para a população em geral, independentemente da idade ou de uma pessoa apresentar fatores de risco, em vez do “dever geral de recolhimento” e do “dever especial de proteção” para determinados grupos, como acontecia no estado de emergência.

Veja o mapa de risco de ser infetado em Portugal

Um mapa desenvolvido pelo CERENA do Instituto Superior Técnico

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Vírus já infetou mais de 4,2 pessoas

A pandemia do novo coronavírus, o SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19, já matou 289.138 pessoas e infetou mais de 4,2 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, às 20h00 de ontem, baseado em dados oficiais dos países.

De acordo com os dados da agência noticiosa francesa, 4.226.110 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 195 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro passado, na província chinesa de Wuhan.

Porém, a AFP avisa que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que um grande número de países está a testar apenas os casos que requerem atendimento hospitalar. Entre esses casos, pelo menos 1.444.700 são hoje considerados curados.

Desde a contagem às 19:00 GMT 5.184 de segunda-feira, novas mortes e 77.733 novos casos ocorreram em todo o mundo.

Os países com mais óbitos são os Estados Unidos, com 1.756 mortes, o Reino Unido (627) e o Brasil (396).

Os Estados Unidos, que tiveram a sua primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetados em termos de número de óbitos e de casos, com 81.650 mortes em 1.358.000 ocorrências.

Pelo menos 232.733 pessoas foram declaradas curadas pelas autoridades de saúde norte-americanas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido, com 32.692 óbitos e 226.463 casos, a Itália, com 30.911 mortes (221.216 casos), a França, com 26.991 mortes (178.225 casos) e a Espanha, com 26.920 óbitos (228.030 casos).

Entre os países mais atingidos, mantém-se a Bélgica com o maior número de mortes face à sua população, com 76 falecimentos por cada 100.000 habitantes, seguida por Espanha (58), Itália (51), Reino Unido (48) e França (41).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou oficialmente um total de 82.919 casos (1 novo entre segunda-feira e terça-feira), incluindo 4.633 mortes (0 novas) e 78.171 recuperações.

A Europa totalizava às 20h00 de terça-feira 159.204 mortes e 1.780.796 casos, os Estados Unidos e o Canadá 86.890 mortes (1.429.099 casos), a América Latina e o Caribe 21.829 mortes (390.461 casos), a Ásia 10.977 mortes (309.825 casos), o Médio Oriente 7.737 óbitos (239.266 casos), África 2.376 mortes (68.364 casos) e a Oceânia 125 mortes (8.302 casos).

Esta avaliação foi realizada usando dados coletados pelos escritórios da AFP junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A AFP alerta, contudo, que devido a correções pelas autoridades ou a publicação tardia dos dados, os números de aumento de 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.

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