“Depois de testar consistentemente negativo para covid-19 todos os dias desde quinta-feira, testei positivo nesta segunda-feira, sem sentir quaisquer sintomas”, revelou a porta-voz da administração Trump, numa mensagem publicada na rede social Twitter, acrescentando que estava em quarentena.

Apesar do diagnóstico, Kayleigh McEnany vincou que nenhum jornalista ou membro de órgão de comunicação social foi identificado como um contacto de risco pelos serviços médicos da Casa Branca. Por outro lado, assegurou que não tinha conhecimento do teste positivo da conselheira do presidente Hope Hicks por ocasião de um ‘briefing’ à imprensa na última quinta-feira.

Contudo, no domingo, a porta-voz do Presidente realizou uma conferência de imprensa no exterior com repórteres sem usar máscara de proteção.

Na sexta-feira de madrugada, Donald Trump anunciou na sua página pessoal no Twitter que, tal como a primeira-dama, Melania, tinha testado positivo ao novo coronavírus e que iria ficar em quarentena. Horas depois, foi internado por medida de precaução no Hospital Militar Walter Reed.

Trump tem 74 anos e é clinicamente obeso, o que o coloca em maior risco de complicações graves por causa do vírus que infetou mais de 7 milhões e matou mais de 200 mil pessoas nos Estados Unidos.

Também os senadores republicados Tom Tilis, Mike Lee e Ron Johnson foram diagnosticados com covid-19, bem como o diretor de campanha, Bill Stepien, a antiga conselheira Kellyanne Conway e três jornalistas acreditados para trabalhar na Casa Branca.

A lista de contágios a partir da administração Trump poderá ainda aumentar nos próximos dias, já que no dia 26 de setembro dezenas de convidados estiveram junto do Presidente por ocasião da nomeação da juíza Amy Coney Barrett para um lugar no Supremo Tribunal.

As imagens da cerimónia mostraram a maioria dos convidados sem máscara de proteção e a cumprimentarem-se com apertos de mão e abraços.