Segundo a agência de notícias espanhola, estavam já inscritos milhares de usuários.

Agentes das Finanças e do departamento contra a fraude e o cibercrime da Procuradoria de Milão (norte) localizaram e bloquearam dez contas e canais do ‘Telegram’, nos quais os usuários eram encaminhados para contas anónimas da ‘dark web’, onde era possível obter certificados e vacinas falsas, informam os media locais.

“O novo negócio criminal tem-se centrado principalmente na venda de certificados europeus de vacinação com dados falsos de identificação da vacina, o código QR correspondente e o número que identifica o lote de origem das primeira e segunda doses da vacina”, adiantou a polícia, citada pela Efe.

Os responsáveis pelo esquema alegavam que os certificados falsos podiam ser entregues até mesmo a pessoas que residem em países fora da União Europeia (UE), como Estados Unidos, Reino Unido e Suíça.

“Apesar dos preços exorbitantes e dos altíssimos riscos para a saúde”, destaca a polícia, milhares de pessoas registaram-se nos canais ilegais à procura de vacinas e certificados, atraídas pela oportunidade de comprar embalagens “tudo incluído”, cujo preço oscilava entre 110 e 130 euros, com garantia de anonimato, seguimento e rastreabilidade do envio.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.957.862 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 182,5 milhões de casos de infeção, segundo o balanço mais recente feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.108 pessoas e foram confirmados 884.442 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.