A OE afirma em comunicado que está a trabalhar em “estreita colaboração” com a tutela e com as autoridades de Saúde face ao período de Emergência de Saúde Pública em que Portugal de encontra devido à infeção pelo novo coronavírus SARS-Cov-2, cuja doença foi denominada Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“É no âmbito dessa cooperação que a OE lança um novo apelo a todos os enfermeiros que tenham experiência em cuidados intensivos, que se encontrem em unidades de cuidados de saúde primários e que possam, temporariamente, em regime de mobilidade, reforçar as unidades de cuidados intensivos, bem como a todos os Enfermeiros que se encontrem desempregados e que possam, de imediato, reforçar as unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)”, explica no comunicado.
“Os enfermeiros, sendo os profissionais que se encontram na primeira linha de contacto com todos aqueles que procuram os serviços, são chamados a desempenhar um papel fundamental neste momento de emergência”, sublinha a OE.
A bastonária dos enfermeiros agradece, no comunicado, a todos os enfermeiros pelo “elevado sentido de serviço, disponibilidade, profissionalismo e dedicação, especialmente demonstrados numa situação de especial adversidade como a que vivemos”, depois de mais de 600 profissionais terem respondido ao apelo para reforço da Linha SNS24.
“A Ordem aproveita para esclarecer, num momento em que circulam muitas notícias falsas, que todas as diligências que vinculam a OE são publicadas nos respetivos canais oficiais”, sublinha o comunicado.
Do mesmo modo, acrescenta, todas as iniciativas são feitas em colaboração e com o conhecimento das autoridades de saúde, cabendo depois à tutela a autorização para as respetivas contratações.
A Direção-Geral da Saúde elevou hoje para 331 o número de infetados pelo novo coronavírus, mais 86 do que os contabilizados no domingo, dos quais 192 estão a recuperar em casa e 139 estão internados, 18 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos
Segundo a DGS, há três casos recuperados.
O Governo declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão, e suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de segunda-feira, impondo restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
Os governos regionais da Madeira e dos Açores decidiram impor um período de quarentena a todos os passageiros que aterrarem nos arquipélagos, enquanto o Governo da República desaconselhou as deslocações às ilhas.
Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália, o país da Europa mais afetado.
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