“Vacinámos 80% das pessoas elegíveis. A grande maioria das pessoas que tem condições para ser vacinada, está vacinada”, disse o coronel Carlos Penha Gonçalves, em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, numa visita ao centro de vacinação instalado no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Coimbrões.
O responsável especificou que “mais de 5,7 milhões de pessoas [foi vacinada] com a terceira dose”, adiantando que “a esmagadora maioria das pessoas que tem mais de 18 anos e podia tomar, já tomou”, admitindo, no entanto, que “ainda há pessoas que não o fizeram”.
“Mas ainda há uma fração de pessoas que não veio ao processo e as instalações ainda vão estar cá. O apelo que faço é que as pessoas aproveitem estas estruturas para fazerem a vacinação e terminem o seu processo de reforço da vacina. O meu apelo é que o façam o mais rápido possível”, sublinhou.
Carlos Penha Gonçalves apontou que em Portugal a percentagem de pessoas com mais de 60 anos vacinadas é de 90%, enquanto na faixa dos 50 aos 59 anos é de 80%.
“Nas faixas mais novas temos menos cobertura”, realçou, em apelo aos mais jovens.
Acompanhado na visita pelo presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, e pelo presidente do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde do Norte, Carlos Nunes, o coronel Carlos Penha Gonçalves escusou-se a comentar anúncios recentes sobre o abrandamento das medidas de prevenção contra a pandemia, repetindo sempre a importância da vacinação.
“Podermos estar tranquilos em relação à proteção que a população tem, se existir uma nova vaga, uma nova onda, uma nova variante. A proteção que a população tem é uma medida preventiva para preparar o futuro”, referiu.
Já sobre a possibilidade dos centros de vacinação espalhados pelo país virem a ser desmantelados, Carlos Penha Gonçalves afirmou que “o plano para essa transição está a ser elaborado e na altura própria será anunciado”.
Sobre a possibilidade do processo de vacinação em Portugal vir a incluir uma quarta dose, Carlos Penha Gonçalves remeteu o tema para a Direção-Geral da Saúde.
A covid-19 provocou pelo menos 5.836.026 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.666 pessoas e foram contabilizados 3.131.899 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
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