“Vou prorrogar o estado de alarme, como manda a Constituição e a lei, por mais 30 dias”, disse Nicolás Maduro à televisão estatal venezuelana, no domingo.

O Presidente da Venezuela sublinhou ainda que “o estado de alarme permite tomar um conjunto de medidas, de decisões, verdadeiramente necessárias, individualizadas, localizadas, a nível geral”, para combater a COVID-19 no país.

“É muito importante o estado de alarme. Cumpra-se, publique-se na Gazeta Oficial [equivalente ao Diário da República], de imediato”, frisou.

Maduro indicou também que, entre hoje e 16 de agosto, os venezuelanos vão ter sete dias de “flexibilização parcial e vigiada” da quarentena, no Distrito Capital e nos estados de Miranda, La Guaira, Sucre, Bolívar e Táchira.

Nestas regiões e naquele período, vai ser permitido o funcionamento da construção civil, de lojas de ferragem, da indústria química, dos transportes, da banca, de cabeleireiros, de oficinas mecânicas e de peças para automóveis, dos consultórios médicos e odontológicos, do têxtil e calçado, além de serviços personalizados e dos veterinários.

Por outro lado, nos outros 16 estados do país, estão autorizados a funcionar, durante os próximos sete dias, as atividades de lavagem de automóveis, oculistas, locais de reparações eletrónica, comercialização de papel e livrarias, gelatarias e cafés a domicílio, lavandarias e tinturarias,  fabricação e emblagem de equipamentos eletrónicos, serviços de encomenda, registros e notários, eventos desportivos sem público e ginásios, cinemas ao ar livre e centros comerciais.

A vice-Presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, apelou aos comerciantes e à população em geral para que respeitem os protocolos de segurança e sanitários implementados devido à COVID-19.

A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.

Os voos nacionais e internacionais estão restringidos até 12 de agosto, estando a população impedida de circular entre os distintos municípios do país.

Nas últimas 24 horas, a Venezuela registou oito mortos e 844 novos casos de COVID-19, 797 de transmissão local e 47 importados.

Desde o início da epidemia, as autoridades venezuelanas contabilizaram 223 mortes e 25.805 casos da doença causada pelo novo coronavírua (SARS-CoV-2). Pelo menos 12.960 pacientes foram dados como recuperados.

A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 727 mil mortos e infetou mais de 19,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.