“Procurámos tomar medidas que, afetando o menos possível a vida e a normalidade de todos, pudessem ter o efeito pretendido de aumento da perceção do risco e incentivo às medidas não farmacológicas de controlo da transmissão”, disse a governante.
Segundo Marta Temido, que falava aos jornalistas em Coimbra no final de uma deslocação ao Instituto Português de Oncologia (IPO), onde inaugurou o novo acelerador linear e visitou a empreitada do novo edifício de cirurgia e imagiologia, as medidas adicionais tomadas pelo Governo relativas a viagens e disponibilização de meios “são essenciais também” para o controlo da transmissão da doença.
Contudo, salientou: “Está quase tudo contra nós”.
A ministra da Saúde voltou a salientar que a elevada taxa de vacinação dá “alguma tranquilidade” relativamente à doença grave e óbito, mas “o frio, a questão da maior transmissibilidade em ambientais não tão arejados quanto deveriam ser e o convívio associado às festas familiares da quadra natalícia são três elementos de enorme preocupação”.
As medidas “são para agora e passam por cada um de nós, mas também estamos preocupados em criar um espaço a seguir ao Natal de forma que haja uma maior contenção da transmissão e esperamos que até ali consigamos travar a transmissão atual, que é muito elevada”, alertou.
A governante lembrou ainda que cada cidadão terá direito a quatro testes gratuitos por mês, que podem ser utilizados sempre que alguém visite familiares mais vulneráveis ou antes de encontros ou festas de família.
Aos jornalistas, Marta Temido disse que ainda não existe conclusão da comissão técnica de vacinação sobre a vacinação de crianças dos 5 aos 11 anos, que tem estado a analisar “documentação recente e relevante”.
Relativamente às novas variantes identificadas na África do Sul, a ministra da Saúde disse que o Governo está atento às informações que estão a ser partilhadas e à evolução da informação técnica e acompanha a situação “com preocupação”.
O Governo anunciou na quinta-feira novas medidas para responder ao agravamento da pandemia de coid-19 em Portugal, com o regresso da obrigatoriedade do uso de máscara, o reforço da testagem e uma semana de contenção no início de janeiro.
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