O mecanismo, com o qual o governo procura melhores preços e conter a corrupção no setor, foi formalizado num acordo assinado com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS).

Durante a assinatura, o presidente esquerdista Andrés Manuel López Obrador disse que o objetivo também é acabar com os monopólios já que, segundo ele, até agora três empresas farmacêuticas controlavam 70% do mercado nacional.

"Felizmente a lei foi reformada (...) e agora é possível fazer compras consolidadas de todos os medicamentos, com a qualidade necessária, bom preço e sem corrupção", afirmou o presidente na sua habitual conferência de imprensa.

Por iniciativa do partido no poder, o Congresso mexicano aprovou na quarta-feira passada que o governo pode adquirir medicamentos e potenciais vacinas contra o coronavírus no estrangeiro, através de organizações internacionais.

Além disso, o governo criou uma agência pública de distribuição de medicamentos.

Numa carta aberta ao presidente, a indústria farmacêutica mexicana pediu uma reflexão urgente sobre as reformas, alertando que estas colocam em risco 100.000 empregos diretos e meio milhão de indiretos.

Cristian Morales, representante da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) no México, destacou que o acordo permitirá "que o sistema de saúde do México avance rumo à modernidade, à cobertura universal da saúde e ao acesso (a medicamentos) efetivo e oportuno".