Numa carta ao governo e às autoridades de saúde, a secretária-geral do sindicato dos médicos italianos, Pina Onotri, reclamou que atualmente apenas profissionais de saúde com sintomas estão a ser examinados.

No entanto, as estatísticas mostram que esses profissionais são 10% das pessoas contaminadas, diz Onotri, lembrando que uma pessoa pode ser positiva sem apresentar nenhum sintoma.

"Pedimos que os médicos sejam submetidos a testes generalizados, mesmo na ausência de sintomas", escreveu Onotri.

Caso contrário, recomenda que estes sejam colocados em quarentena se estiverem em contacto com um paciente que deu positivo para COVID-19.

Dois médicos, afetados pelo coronavírus, morreram em Itália e centenas foram diagnosticados com o vírus.

Onotri também denunciou a falta de equipamentos de proteção, principalmente máscaras.

Esta também acredita que agora é necessário "estender os testes a todos os pacientes com sintomas".

Segundo dados publicados esta segunda-feira, cerca de 140.000 testes foram realizados em Itália, dos quais cerca de 28.000 foram positivos. A Itália é o país mais afetado na Europa pela pandemia do COVID-19, com 2.158 mortes. É também o segundo em todo o mundo depois da China (80.860 infectados, deles 3.213 mortos), onde o vírus apareceu.

O coronavírus contaminou mais de 175.000 pessoas no mundo, sendo que 7.000 faleceram, segundo um levantamento feito pela AFP.

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