“Nesta época festiva, o convívio seja entre coabitantes ou núcleos familiares diferentes pode assumir um grande relevo na transmissão do vírus. Assim, os afetos devem ser transmitidos, mantendo-se a distância física. É uma doença que sofre flutuações, temos levado muitas semanas para inverter a tendência crescente e, portanto, temos uma responsabilidade acrescida de não retroceder no número de casos”, afirmou.
Na conferência de imprensa de atualização de informação sobre a pandemia em Portugal, Graça Freitas pediu às pessoas isoladas para não verem ou contactarem outras pessoas durante o período de isolamento, assumindo que “custa um bocadinho”, mas notando que “devem manter-se sempre nos próximos meses as regras básicas” de combate à pandemia, independentemente da chegada da vacina.
“Nestes tempos em que o cumprimento das medidas é a principal forma de controlo, há uma esperança. Neste Natal, a ciência e o conhecimento alimentam a esperança de todos o mundo com a vacinação contra a covid-19. Em relação à vacinação só há três palavras que se aplicam: vacinar, vacinar, vacinar. Quando tivermos vacinas disponíveis, devemos aproveitar”, frisou.
Sobre a evolução da pandemia, a diretora-geral da Saúde realçou a descida da incidência cumulativa nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes, que baixou de 502 para 490 casos de infeção pelo SARS-CoV-2, sem esquecer de destacar as “assimetrias por concelho e região do país”. Por outro lado, foi igualmente sublinhada a estabilidade da taxa de letalidade em 1,6%, sendo de 10% em doentes acima dos 70 anos.
Portugal contabiliza hoje mais 63 mortes relacionadas com a covid-19 e 2.436 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
O boletim epidemiológico da DGS revela que estão internadas 3.095 pessoas, menos 63 do que na segunda-feira, das quais 508 em cuidados intensivos, ou seja, mais seis.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 6.254 mortes e 378.656 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 67.577, menos 2.849 do que na segunda-feira.
Comentários