Portugal regista esta terça-feira mais 2.118 casos de COVID-19 e 11 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 17.584 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.006.588 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 3.666 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há 945.259 doentes recuperados da doença em Portugal desde março de 2020.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 36,6% dos diagnósticos.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.521 (+4), seguida do Norte com 5.472 óbitos (+2), Centro (3.064, +2) e Alentejo (1.002, +2). Pelo menos 414 (+1) mortos foram registados no Algarve.

Há 39 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 72 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos a descer

Em todo o território nacional, há 744 doentes internados, menos 24 do que ontem, e 144 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos 10 do que no dia anterior.

Boletim 17 de agosto
Boletim 17 de agosto créditos: DGS

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 43.745 casos ativos da infeção em Portugal — menos 1.559 do que ontem — e 52.128 pessoas em vigilância pelas autoridades — menos 1.310 do que no dia anterior.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 392.841 (+727), seguida da região Norte (388.183, +775), da região Centro (133.854, +265), do Alentejo (35.551, +131) e do Algarve (36.731, +174).

Nos Açores existem 8.229 casos contabilizados (+3) e na Madeira 11.199 (+43).

O que nos diz a matriz de risco?

Matriz de risco 16 de agosto
Matriz de risco 16 de agosto créditos: DGS

Portugal apresenta uma incidência de 314,5 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - inferior aos 319,9 casos de há dois dias - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 0,96, superior os 0,95 de sexta-feira.

No território continental, o R(t) também está nos 0,96. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.490 (+3) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.768 +7), entre 60 e 69 anos (1.595 +1) entre 50 e 59 anos (498 = ), 40 e 49 anos (170 = ) e entre 30 e 39 anos (45 = ).

Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.230 são do sexo masculino e 8.354 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 163.901 (+261), seguida da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 160.247 infeções (+575), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 149.053 casos (+270). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 139.712 infeções reportadas (222).

A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 104.374 (+443) e entre os 60 e os 69 anos soma 94.675 (+111).

Desde o início da pandemia, houve 463.384 homens infetados e 542.489 mulheres, sendo que se desconhece o género de 715 pessoas.

Balanço mundial

A pandemia de covid-19 provocou a morte de pelo menos 4.370.427 pessoas em todo o mundo desde que foram detetados os primeiros casos na China, no final de 2019, segundo o balanço de hoje da agência francesa de notícias AFP.

Segundo o relatório, que é elaborado com base em dados comunicados diariamente pelas autoridades nacionais de cada país, mais de 207.838.740 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Nas últimas 24 horas, foram contabilizadas 8.388 novas mortes e 636.698 novos casos de covid-19 em todo o mundo.

A grande maioria dos pacientes acaba por recuperar, mas uma parte – ainda mal avaliada – mantém os sintomas durante semanas ou até meses.

Os países que registaram maior número de mortes nos seus relatórios mais recentes foram a Indonésia, com 1.180 novas mortes, a Rússia, com 805, e os Estados Unidos, com 684 vítimas mortais.

Os Estados Unidos são o país mais afetado, tanto em termos de mortes como de número de casos, com 622.321 mortes para 36.888.978 casos, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 569.492 mortes e 20.378.570 casos, a Índia, com 432.079 mortes (32.250.679 casos), o México, com 248.652 mortes (3.108.438 casos), e o Peru, com 197.487 mortes (2.134.365 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 599 mortes por cada 100.000 habitantes, seguido pela Hungria (311), pela Bósnia (296), pela República Checa (284), pelo Brasil (268) e, finalmente, pela Macedónia do Norte (267).

A região da América Latina e Caraíbas totalizava hoje, às 10:00 GMT (11:00 em Lisboa) 1.408.312 mortes para 42.156.184 casos, enquanto a Europa contabilizava 1.223.973 mortes e 60.856.194 casos.

A Ásia somava, à mesma hora, 732.695 mortes em 47.670.385 casos, e a região dos Estados Unidos e Canadá registava 649.023 mortes em 38.342.003 casos.

O continente africano tinha 184.472 mortes em 7.294.257 casos, enquanto o Médio Oriente somava 170.375 mortes em 11.419.102 casos e a Oceânia apresentava 1.577 mortes em 100.617 casos.

A avaliação apresentada diariamente pela AFP é realizada com base em dados recolhidos pelas delegações da agência junto das autoridades nacionais competentes e com informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Devido a correções feitas pelas autoridades ou publicação tardia dos dados, os números da evolução das últimas 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.

Além disso, os números excluem as revisões feitas ‘a posteriori’ por organismos de estatística, que, às vezes, concluem ter-se registado um número muito superior de óbitos.

A OMS chega a estimar, levando em consideração o excesso de mortalidade direta e indiretamente associada à covid-19, que os resultados da pandemia possam ser duas a três vezes superiores aos apresentados oficialmente.

Uma parte significativa dos casos menos graves ou assintomáticos também permanece não detetada, apesar da intensificação do rastreamento em muitos países.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.