Numa teleconferência de imprensa dada depois de se reunir, também por via telemática, com o primeiro-ministro socialista, Pablo Casado revelou que, em contrapartida, tinha apelado a Pedro Sánchez para que implementasse uma série de medidas urgentes a nível sanitário e económico.
Entre essas medidas referiu o fornecimento de material de prevenção e de testes generalizados a toda a população, bem como medidas para garantir as “liberdades democráticas” em Espanha, como a criação de um portal da transparência e a inclusão das atas dos peritos e explicações “públicas” sobre as limitações à liberdade de expressão que o PP (Partido Popular) considera que podem existir através das redes sociais.
“Temos a responsabilidade de apoiar as prorrogações do estado de emergência, mas o governo tem a responsabilidade de adaptar esse estado aos pedidos sensatos e legítimos da oposição”, afirmou Pablo Casado após a reunião de mais de uma hora com Pedro Sánchez.
No encontro concordaram que a “mesa de reconstrução” proposta pelo chefe do Governo deveria ser convertida numa comissão parlamentar para abordar medidas sociais e económicas a médio prazo.
O estado de emergência está em vigor em Espanha desde 15 de março e até 25 de abril, tendo o chefe de Governo, Pedro Sánchez, anunciado no sábado o prolongamento deste período, que termina em 25 de abril, por mais duas semanas, até à meia-noite de 09 de maio.
O Conselho de Ministros espanhol deverá aprovar na terça-feira a proposta de prolongamento do estado de emergência e o parlamento autorizar a medida quando se reunir no dia seguinte.
Pedro Sánchez terminou hoje, com o líder do maior partido da oposição, a ronda de consultas preparatórias à discussão de um pacto para a “reconstrução” económica do país depois de derrotada a pandemia.
Espanha é um dos países mais atingido pela covid-19, tendo até hoje 20.852 óbitos relacionados com a doença e 200.210 pessoas que contraíram o novo coronavírus.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram entretanto a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.
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