“Nessas regiões, a situação epidémica agravou-se”, disse hoje a coordenadora do Núcleo de Prevenção e Vigilância da Doença do território, Leong Iek Hou, razão pela qual, “a partir de hoje, todas as pessoas que chegam a Macau [daqueles países] vão ter de fazer quarentena durante 28 dias”, tal como as autoridades já tinham anunciado em 18 de abril.
A medida, que se aplica às pessoas que tenham estado naqueles países nos 28 dias anteriores à entrada em Macau, alarga assim por mais sete dias a quarentena em vigor para viajantes de outras zonas “com alta incidência” da doença, de 21 dias, recordou Leong Iek Hou.
“Considerámos que esses três países têm uma situação epidemiológica relativamente grave e que as pessoas vindas desses países podem ter um grande risco de contágio (…) e de terem sido infetadas com uma variante da covid-19″, acrescentou, frisando que o aumento da quarentena se destina a “tentar minimizar o máximo possível o risco de contágio em Macau”.
A Índia é o segundo país com mais casos de covid-19 no mundo, a seguir aos Estados Unidos, registando há vários dias um recorde de infeções.
Na última semana, a Índia chegou a registar mais de 260 mil novos casos por dia, e a capital, Nova Deli, vai entrar hoje em confinamento, para evitar o colapso dos hospitais.
A gravidade de uma nova variante do coronavírus descoberta naquele país, conhecida por B.1.617, está a ser investigada pelas autoridades britânicas, que já detetaram 77 casos no Reino Unido.
Considerada uma das regiões mais seguras do mundo em relação à pandemia de covid-19, Macau contabilizou apenas 49 casos desde que o novo coronavírus chegou ao território, no final de janeiro de 2020, não tendo registado até hoje nenhuma morte causada pela doença.
Apesar disso, o território, que fechou as fronteiras a estrangeiros em 18 de março do ano passado, continua a manter fortes restrições fronteiriças, limitando as entradas a residentes e cidadãos da China.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.020.765 mortos no mundo, resultantes de mais de 141,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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